Emprego: melhor resultado em 8 anos

No quesito de emprego, o Brasil está longe de ser um exemplo, com uma quantidade enorme de empregos informais e subemprego via trabalho por conta própria. Mas é um alento observar que o mercado de trabalho no geral melhorou e apresentamos a menor taxa de desemprego desde 2015, com 7,9% no quarto trimestre de 2022. Na média do ano a taxa de desemprego ficou em 9,3%. O caminho é muito longo, temos um desafio enorme com a educação e o treinamento de pessoas, além da competição com o bolsa família, que em diversas regiões inibe a oferta de mão de obras, em particular no Nordeste, onde o custo de vida é menor e é possível se virar com um bolsa família e atividades esporádicas como a pesca para prover parte da comida. Voltando aos números, a população ocupada cresceu na média do ano 9,4% para 89,6 milhões de pessoas, enquanto a população subutilizada, caiu 23,8% para 24,1 milhões, mas ainda bem acima do menor nível histórico, de 2014, de 15,6 milhões. Se fôssemos elencar as prioridades do governo nesta seara, seria principalmente termos mais cursos técnicos e sermos mais exigentes no bolsa família, forçando milhões de pessoas a sair do comodismo. O salário médio, por outro lado, está tranquilo, sendo 1% inferior a 2021. Em suma, são bons números, mas precisamos superar as barreiras de falta de alento e falta de preparo, para dar mais um salto no emprego no país.